Conceito desenvolvido por Stiglitz em seu livro Incentives and risk sharing in sharecropping (1974), a teoria da agência refere-se à eventual inconsistência entre os objetivos dos proprietários acionistas de uma empresa e dos executivos que a administram (os “agentes”). No livro citado, Stiglitz analisa o sistema de produção agrícola presente no Quênia, baseado no arrendamento da terra pelo seu proprietário. Ao invés de destacar sua suposta ineficiência, Stiglitz sugere que o sistema poderia ser vantajoso para o proprietário na medida em que economiza os custos de monitoramento, que seriam associados a um sistema alternativo, baseado em salários. Se o proprietário de terras optasse pelo pagamento de salários fixos aos agricultores, teria que incorrer nos custos da contratação de um capataz, responsável pelo monitoramento do esforço dos agricultores. O sistema de arrendamento transfere os riscos da colheita e da eventual falta de dedicação do agricultor ao próprio arrendatário. Veja também Stiglitz, Joseph.