Transição demográfica é um modelo utilizado para representar a transição da estrutura populacional de uma sociedade pré-industrial, predominantemente rural, onde prevalecem altas taxas de natalidade e de mortalidade, para uma sociedade industrial ou pós industrial, predominantemente urbana, onde prevalecem baixas taxas de natalidade e de mortalidade. A transição demográfica implica um período de aumento do crescimento vegetativo, seguido de estabilização em novo patamar populacional. O modelo é atribuído ao demógrafo norte- americano Warren Thompsom (1887-1973). O modelo completo descreve quatro estágios, conforme o gráfico abaixo.
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No primeiro estágio, característico de sociedades pré-industriais, as taxas de natalidade e de mortalidade são altas, e o crescimento demográfico também é reduzido. No segundo estágio, característico de países em desenvolvimento, as taxas de mortalidade já começaram a cair, graças ao aumento da oferta de alimentos associado ao maior uso de tecnologia na agricultura, à ampliação dos serviços de saneamento e ao maior acesso aos sistemas de saúde e de educação; mas as taxas de natalidade continuam elevadas. É o momento de maior crescimento demográfico. No terceiro estágio, as taxas de natalidade também começam a declinar. O efeito geralmente é atribuído à urbanização, ao declínio da agricultura de subsistência, à incorporação da mulher no mercado de trabalho e ao acesso aos métodos de contracepção. Nesse estágio, o crescimento populacional começa a declinar. Nesta fase ocorre o chamado bônus demográfico, o benefício ao crescimento econômico de um país decorrente do fato de nesta fase da transição demográfica a participação percentual da população em idade ativa sobre a população total aumenta até atingir o seu pico. No último estágio, característico de países desenvolvidos, tanto as taxas de natalidade quanto as de mortalidade encontram-se em níveis baixos, e o nível da população estabiliza-se. Veja também Bônus Demográfico