Economista e sociólogo austríaco da escola marginalista, foi discípulo de Menger, a quem sucedeu na cadeira de Economia da Universidade de Viena. Wieser refinou o ponto de vista subjetivo da teoria do valor de Menger, na qual o indivíduo e suas necessidades são o princípio e o fim de toda análise. Acentuou o caráter formal da avaliação subjetiva, além de contribuir para a teoria da escola austríaca nas áreas do custo, da distribuição e do valor natural. Wieser introduziu o termo “utilidade marginal” (Grensnutzen) já em seu primeiro livro, Sobre a Origem e as Principais Leis do Valor Econômico (1884), no qual trata do custo, uma lacuna deixada pela primeira teoria austríaca do valor, que é definida pela utilidade. Wieser desenvolve uma “lei do custo” que ficaria conhecida como o princípio do custo de oportunidade e se tornaria um importante elemento na teoria da alocação de recursos. Segundo essa lei, dada uma quantidade de fatores de produção, a concorrência por seu uso os distribuirá de tal modo que o custo dos produtos decorrentes será o mesmo, qualquer que seja o uso desses fatores. Outro elemento importante na obra de Wieser, sua doutrina do valor natural, foi desenvolvida nos livros Der natürliche Wert (O Valor Natural), 1889, e Theorie der Gesellschaftlichen Wirtschaft (Teoria da Economia Social), 1914, nos quais tenta realizar a transição do ponto de vista histórico-social da teoria clássica do valor ao individualismo da escola marginalista. Para Wieser, o valor natural seria o obtido num estado igualitário, em que não haveria desigualdade de riquezas nem o egoísmo individual. O valor seria então o resultado da quantidade disponível de utilidades numa economia comunitária.