São áreas demarcadas na área urabana de uma cidade, para a construção de habitações de interesse social e do mercado popular assim como a recuperação de imóveis degradados e a instalação de equipamentos sociais e culturais e de serviços voltados para a população de baixa renda. Estas áreas devem estar indicadas no Plano Diretor e demaracadas na Lei de Zoneamento. Estas áreas podem ser estabelecidas em terrenos já ocupados, como ocorre no caso de favelas ou em terrenos vazios. No primeiro caso, visam facilitar a urbanização de assentamentos precários e a regularização fundiária evitando que as famílias ali residentes sejam expulsas para a periferia da cidade. No caso de terrenos vazios o objetivo é aumentar a oferta de terrenos a baixo custo em áreas menos afastadas dos centros onde se encontram os serviços já instalados e o acesso aos empregos é maior. As Zeis ou Aeis (Áreas Especiais de Interesse Social) surgiram na década de 1980 nas cidades de Recife, Diadema e São Paulo como um instrumento de combate à gentrificação e da exclusão social provocada pelo desenvolvimento do mercado imobiliário de alto padrão em áreas antes ocupadas por favelas. É um instrumento poderoso que contribui para a convivência em espaços próximos de famílias de baixa renda e de segmentos mais ricos da sociedade. No Plano Diretor de 2002 do município de São Paulo foram previstas 750 áreas de Zeis ocupando cerca de 31 km2 sendo a maioria delas localizada onde já existem favelas e na periferia da cidade. No entanto existem várias áreas de Zeis em terrenos muito bem localizados como é a caso das favelas Coliseu-Funchal no interior do perímetro da Operação Urbana Consorciada Faria Lima e da Jardim Edith localizada na Operação Urbana Consorciada Água Espraiada. Esta última favela já está sendo urbanizada e espera-se que até 2013 as famílias que foram provisoriamente removidas retornem às moradias construídas com a venda de Cepacs na mencionada Operação Urbana. Veja também Cepacs; Maior e Melhor Uso; Operação Urbana.