Instituição encarregada da fabricação da moeda e do meio circulante em geral no Brasil. Desde 1643, funcionou no Rio de Janeiro uma oficina para a remarcação dos patacões portugueses que mais tarde, em 1698, pela Carta Régia de 12/1, se transforma em Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Alguns anos antes, em 1694, havia sido criada a primeira Casa da Moeda na colônia, na Bahia (lei de 8/3). Em 1720, é criada a Casa da Moeda de Vila Rica, MG, que funciona até 1734, quando é extinta, permanecendo apenas as casas da moeda do Rio de Janeiro e da Bahia. Em 1834 (decreto de 13/3), as atividades da Casa da Moeda da Bahia são encerradas, passando a existir apenas a Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Em 1950, a lei nº 1.216, de 28/10, criou o Museu da Casa da Moeda, onde são conservadas as moedas e o papel-moeda emitidos por aquela instituição, e também outros elementos como vales, certificados, documentos e materiais que serviram como dinheiro ou instrumento de crédito no decorrer de nossa História. Atualmente, é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, e, desde 1969, fabrica o papel-moeda em circulação no Brasil, além de cunhar as moedas metálicas do nosso meio circulante. Até 1969 o papel-moeda em circulação no Brasil era fabricado por empresas estrangeiras como a Thomas de La Rue, da Inglaterra, e a American Bank of Notes, dos Estados Unidos. Apesar de contar com imensa capacidade de produção de papel-moeda e de moeda metálica, eventualmente o governo brasileiro recorre às antigas empresas que fabricavam nosso meio circulante, como aconteceu durante a introdução do Plano Real, quando a urgência em fabricar uma grande quantidade de moeda exigiu que uma parte fosse produzida no exterior. A Casa da Moeda renovou seu parque industrial durante os anos 80, e hoje conta com um parque tecnológico de elevada qualidade, produzindo moedas, passaportes, selos etc. para outros países tanto da América do Sul (Paraguai e Venezuela) como para a África (Guiné-Bissau). A Casa da Moeda produz anualmente cerca de 1 bilhão de cédulas e moedas para substituir o meio circulante desgastado ou perdido, e também para expandi-lo. Nos períodos de inflação acelerada vividos durante os anos 80 e início dos anos 90, a Casa da Moeda passou a produzir e/ou carimbar uma quantidade maior de papel-moeda e moedas metálicas, em função das exigências da própria inflação. Além do dinheiro, a Casa da Moeda detém o monopólio da produção brasileira de selos fiscais e postais, passaportes, diplomas, carteiras de motorista, cédulas de identidade e medalhas comemorativas oficiais. Veja também Casa dos Pássaros; Legislação Monetária Brasileira.