Economista e político brasileiro. Cursou a Faculdade de Ciências Econômicas e Administração da Universidade de São Paulo, da qual se tornou professor catedrático. Em 1966, foi secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e, em março de 1967, assumiu o Ministério da Fazenda, mantendo-se no cargo até março de 1974. Nesse período, correspondente aos governos Costa e Silva e Garrastazu Medici, foi considerado o principal artífice do “milagre brasileiro”. Embora teoricamente ligado à escola monetarista neoclássica, ao liberalismo econômico e ao antiestatismo, Delfim Neto utilizou-se amplamente dos instrumentos de intervenção estatal na economia. Com o início do governo Geisel, em 1974, foi nomeado embaixador brasileiro na França. Em 1979, assumiu o Ministério do Planejamento, no governo Figueiredo. Para enfrentar a falência do “milagre”, a recessão do final da década de 70, valeu-se fundamentalmente de recursos técnicos monetaristas, enfatizando o controle dos salários como meio de combater a inflação. Com a elevação da dívida externa e diante da impossibilidade de o país saldar seus compromissos financeiros no exterior, conduziu as negociações com os credores estrangeiros e com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse fato e o agravamento da crise tornaram-no o principal alvo das críticas dirigidas ao governo Figueiredo. Delfim Neto escreveu O Problema do Café no Brasil, tese de doutoramento. Nessa obra, analisa as políticas dos governos brasileiros de valorização forçada do café e aponta as distorções que essas medidas acarretam para outros setores da economia brasileira. Ao mesmo tempo, mostra como isso contribui para tornar competitivo, no mercado internacional, o café produzido a custos elevados em outros países. Foi eleito deputado federal em 1986, reeleito em 1990 e novamente eleito em 1994.Foi eleito Economista do Ano em 1966, 1976 e 1996. Veja também Prêmio Economista do Ano.