A implantação do Plano Cavallo em 1991 estabeleceu a paridade legal entre a moeda argentina e o dólar dos Estados Unidos, tornando a moeda nacional amplamente conversível. Esse sistema solucionou inicialmente o processo de hiperinflação vivido pela Argentina e permitiu crescimento econômico com estabilidade de preços, embora à custa de considerável desemprego. A partir de 1998, no entanto, a situação tornou-se complicada, pois, com a valorização do dólar em relação ao euro e ao iene e de outras moedas asiáticas, o peso algemado ao dólar também se valorizou criando problemas com a balança comercial e ampliando-se o déficit no balanço de pagamentos. Com a desvalorização do real no início de 1999, a situação argentina tornou-se ainda mais delicada, e no final de 2000 a Argentina sobreviveu por mais algum tempo sem mudar seu sistema de conversibilidade graças à aprovação de um rígido programa de redução do déficit público e de redução do déficit no balanço de pagamentos, no que contou com um pacote de empréstimos liderado pelo FMI. Entretanto, no início de 2001 a crise se tornou aguda, e o governo argentino resolveu abandonar o sistema de conversibilidade, provocando uma forte desvalorização do peso e lançando o país numa considerável recessão. Veja também Conversibilidade; Plano Cavallo.