Empresário norte-americano ligado à construção de várias estradas de ferro no Brasil, onde chegou em 1905. Foi fundador da Light and Power (1905), da Brasil Railway (1906) e das estradas de ferro Sorocabana (1907) e Madeira-Mamoré (1912). Obteve concessão do governo brasileiro para a reconstrução dos portos de Belém, Rio Grande e Rio de Janeiro, além de ligar-se à atividade agropecuária e madeireira. Em 1920, mediante contrato com o governo de Epitácio Pessoa, Farquhar fundou a Itabira Iron Ore & Co. (Companhia de Minério de Ferro de Itabira), que se encarregaria de extrair e exportar o minério, além de construir uma ferrovia, um porto e uma siderúrgica. Acusado de ser agente do capital estrangeiro por várias personalidades influentes, teve a concessão de exploração dos minérios cassada em 1931 por Getulio Vargas, pois até então não iniciara os trabalhos de prospecção mineral. Ainda assim, a Companhia de Mineração e Siderurgia, fundada em 1939, incorporou a Itabira Iron, ficando o grupo de Farquhar com 48% das ações. Em 1942, quando o governo federal criou a Vale do Rio Doce, a Companhia de Mineração foi comprada e anexada ao patrimônio estatal. Continuando suas atividades, entre 1944 e 1950, Farquhar criou a Acesita, que passou a ser controlada pelo Banco do Brasil, em 1952, por endividamento.