George Akerlof – economista, jornalista e historiador norte-americano. Foi professor e pesquisador de Yale. Prêmio Nobel de Economia de
Termo correspondente em inglês – não há.
Veja também – Bolsas de Valores, Índices de Bolsas de Valores, Economista Judeu e Os Economistas.
George Akerlof nasceu em New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos, em uma família de cientistas. Seu pai havia migrado da Suécia para os Estados Unidos para fazer o doutorado em Química. Foi professor e pesquisador em Yale e chegou a fazer parte do Projeto Manhattan (que produziu a primeira bomba atômica). Os primeiros anos de estudos foram vividos em uma escola particular em Pittsburgh. Acompanhando os empregos do pai, a família passou rapidamente por Washington antes de se estabelecer em Princeton. Estudou história e jornalismo em Yale, na graduação. Nos dois primeiros anos, dividiu seu tempo entre cursos de humanidades e jornalismo. Trabalhou no jornal da universidade, The Yale Daily News, cuja linha editorial desejava que fosse “menos solene e mais séria”. Apesar da dedicação, Akerlof não conseguiu se eleger para o cargo de editor do jornal estudantil. Com tempo livre, passou a se dedicar mais à matemática e à economia, o que o levou à pos-graduação. Assim como no tempo do The News, desejou que a teoria econômica fosse “menos solene” (menos amarrada aos dogmas do equilíbrio geral competitivo) e “mais séria” (mais empírica e mais próxima de questões substantivas de política econômica). Entrou no programa de pós-graduação do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 1962, onde foi colega, entre outros, de Joseph Stiglitz e Steve Marglin. À época, o programa de pós-graduação, influenciado pela presença de Robert Solow, dava grande ênfase à teoria do crescimento. O principal capítulo de sua tese de doutorado, sob orientação de Solow, foi sobre o assunto. Os outros dois capítulos foram sobre teoria do desemprego e sobre política monetária. Após obter o Ph.D., em 1966, foi contratado como professor assistente em Berkeley, onde escreveu a primeira versão de “Market for Lemons”, seu texto mais conhecido. A versão final do texto só seria publicada em 1970, após duas ou três rejeições de editores que consideraram que “os assuntos do artigo eram muito triviais para serem publicados em uma revista acadêmica séria”. Ainda em 1966, concluiu seu primeiro modelo de salários estratificados, de inspiração “novo keynesiana”, isto é, que relacionavam desemprego involuntário a rigidez salarial (veja explicação mais adiante). Em 1967-68, passou um ano no Indian Statistical Institute, em Nova Delhi, junto com Steve Marglin, em um projeto de otimização da alocação da água de uma represa no norte do Punjab. A experiência na Índia contribuiu para o desenvolvimento da teoria do desemprego baseada na hipótese do salário eficiência, segundo a qual os salários, em alguns mercados, são determinados não apenas pela interação entre oferta e demanda de mão de obra, mas também pela necessidade das empresas em incentivar o trabalhador e aumentar sua produtividade. No retorno aos EUA, trabalhou, entre 1973 e 1974, como economista sênior no Council of Economic Advisers (Conselho de Assessores Econômicos) da Casa Branca, embora não fosse simpatizante da administração republicana do então presidente Richard Nixon. De volta a Berkeley, não foi promovido a professor titular, alegadamente por insuficiência de publicações. Em consequência disso, e da separação de sua primeira mulher, aceitou a oferta da London School of Economics (LSE), onde foi lecionar em 1978. Antes, em 1977, no meio tempo entre Berkeley e a LSE, trabalhou durante um ano no Federal Reserve Board em Washington, onde conheceu sua segunda e atual companheira, a economista Janet Yellen, que é também coautora de vários de seus artigos, e com quem teve um filho, em 1981. Em 1980, retornou a Berkeley, mas sua agenda de preocupações já era outra. O interesse do economista migrou dos microfundamentos da macroeconomia, rigidezes nominais (como a rigidez salarial), assimetria de informações e quase-racionalidade, para os efeitos de diferentes pressupostos de justiça e costumes sociais sobre o desemprego, incorporando noções de antropologia e de sociologia ao tema. Em 1994, Janet foi nomeada ao Board of Governors of the Federal Reserve System (um dos principais órgãos do Fed, o Banco Central norte-americano), em Washington, e Akerlof, economista sênior da prestigiosa Brookings Institution. Posteriormente, em 1997, Janet se tornou presidente (Chair) do Council of Economic Advisers. Em 1999, ao término do mandato de Janet Yellen, o casal voltou a Berkeley. Em 2001, George Akerlof recebeu, com Joseph Stiglitz e Michael Spence, o Prêmio Nobel de Economia. AKTIE (Stamm). Termo em alemão que significa ação ordinária. Ela representa direitos participativos na direção de uma empresa e significa uma porção do capital da mesma.