Engenheiro e economista, o representante mais expressivo da escola monetarista neoliberal no Brasil. No início do século, participou da construção de várias estradas de ferro no Nordeste, a serviço de companhias inglesas. Depois, voltou-se para a área econômica, assumindo, em 1938, a cátedra de economia monetária e financeira na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Delegado brasileiro à Conferência Monetária de Bretton Woods (1944), foi diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird). Foi ministro da Fazenda no governo Café Filho (1954), executando uma reforma cambial da qual fez parte a instrução 113, da antiga Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que regulamentou a importação de bens de capital sem cobertura cambial pelas firmas estrangeiras. Posteriormente, foi um dos mais sérios críticos do processo de industrialização por substituição de importações nos governos Kubitschek e Goulart. Além da intensa atividade jornalística, escreveu: As Origens da Crise Mundial (1931), Capitalismo e sua Evolução Monetária (1935), Princípios de Economia Monetária (1943) e Rumos da Política Econômica (1945).