Empresário ítalo-brasileiro. Nasceu em Castellabate, província de Salerno, Itália. Aos 27 anos veio para o Brasil com a esposa e dois filhos, estabelecendo-se em Sorocaba. Dedicou-se ao comércio e montou fábricas de banha na região, até fundar, em 1890, uma sociedade com dois irmãos que já se encontravam no país. Nesse mesmo ano, mudou-se para São Paulo, tornando-se importador de bens de consumo. Em 1891 organizou uma sociedade anônima, a Companhia Matarazzo: era o fim da Matarazzo e Irmãos. Em 1900 passou a importar farinha de trigo da Argentina, aproveitando-se das dificuldades que havia na época para trazer o produto dos Estados Unidos, nosso tradicional fornecedor. Com a ajuda de técnicos ingleses, construiu então seus primeiros moinhos no bairro do Brás. Do projeto faziam parte também uma sacaria e uma oficina de reparações, origem da Metalúrgica Matarazzo. A sacaria transformou-se com o tempo na Tecelagem de Algodão Mariângela, dedicada à produção de embalagens e tecidos para vestuário. O passo seguinte foi a criação de uma fábrica para extrair óleo de caroço de algodão. Paralelamente, Matarazzo voltou-se para o ramo financeiro, participando, em maio de 1900, da fundação do Banco Commerciale Italiano di São Paulo. Em 1905 organizou, com outros investidores, o Banco Italiano del Brasile. Um terceiro banco foi organizado com sua participação em 1910. Em 1911 sua empresa transformou-se em sociedade anônima. Seis anos depois, transferiu para seus filhos, particularmente para Ermelino Matarazzo, o controle dos negócios. Por ocasião de sua morte, em 1937, o grupo Matarazzo estava entre os mais importantes conglomerados industriais do país, posição que conservou até fins da década de 70. Em 1979 o grupo era o segundo maior na relação das principais empresas por patrimônio líquido, caindo para o décimo lugar em 1980 e para o vigésimo segundo no ano seguinte. Em 1983, na gestão de Maria Pia Matarazzo, várias empresas do grupo entraram em regime de concordata.