Financista e empresário industrial brasileiro associado a capitais ingleses durante o Segundo Reinado. Com a disponibilidade de capitais decorrente da proibição do tráfico de escravos, criou diversas empresas de serviços públicos, tendo como principal cliente o Estado. Entre seus mais importantes empreendimentos constam: a Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas, a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro e o Estaleiro de Ponta da Areia, em Niterói, de onde saíam desde navios a vapor e a vela até pontes de ferro e tubos para a canalização de água. Por iniciativa sua, em 1851 inicia-se a reorganização do Banco do Brasil, o que se efetiva em 1853. Em 1854 construiu a primeira ferrovia do país com 14 km de extensão, ligando o Rio de Janeiro à raiz da Serra de Petrópolis. A Estrada de Ferro Santos–Jundiaí, inaugurada em 1857, e o cabo telegráfico submarino com a Europa (1872), construídos por firmas inglesas, foram ambos empreendimentos iniciados por Mauá. Mas, sem condições de operar empreendimentos de tal envergadura numa economia de base escravista e sem crédito governamental, Mauá acabou falindo em 1878. Relatou sua experiência no livro Exposição aos Credores e ao Público (1878). Veja também Banco do Brasil.