O principal centro financeiro internacional do comércio de ouro é Londres. No século XVII, a capital inglesa já detinha a liderança desse mercado consolidado com a descoberta do ouro australiano em 1852 e das minas da África do Sul em 1886. A determinação do preço internacional do ouro tem início em 1919 e conta com a participação de seis instituições financeiras que comercializam o metal. Essa fixação ocorre no banco mercantil Rothschilds todos os dias às 10:30 e 15:00 (horário Greenwich). As outras instituições são: o Mocatta Group (divisão do Standard Chartered Bank), o N.M. Rotschild, o Deutsche Bank Sharps Pixley, o Montagu Precious Metals (do Hong Kong Shanghai Banking Corporation — HSBC) e o Republic National Bank de Nova York. O processo de fixação do preço ocorre por meio de comunicações telefônicas com o registro de ordens de compra e de venda e o equilíbrio entre elas determina o preço de fixação. O preço do ouro atingiu um máximo de US$790 a onça troy, no final de 1979, depois da invasão do Afeganistão pela então União Soviética. Durante os anos 90, no entanto, as cotações caíram muito, e o ouro vem deixando de representar um “porto-seguro” nos momentos de instabilidade financeira internacional. Com o surgimento do euro no final dos anos 90 e início do século XXI, muitos países abandonaram parte de suas reservas monetárias em ouro e os bancos centrais da Austrália, Bélgica, Canadá, Holanda, Reino Unido e Suíça venderam mais de 4 mil toneladas de ouro, deprimindo os preços que alcançaram cerca de US$250 no final dos anos 90. Veja também City, the; Onça Troy; Reservas Ouro.