Quando, em 1798, foi criada a Administração dos Correios do Rio de Janeiro, a franquia das cartas era feita por meio de carimbos postais. Os selos postais só foram adotados mais tarde, em 1841, quando foi aprovada lei instituindo-os, a qual foi assinada por D. Pedro II no ano seguinte, estabelecendo-se os valores de 30, 60 e 90 réis para as cartas remetidas dentro do território nacional e de 90 réis para as destinadas ao exterior. No entanto, é a partir de 1843 que as primeiras emissões desses selos foram realizadas na oficina de apólices da Casa da Moeda da Corte, quando esta ainda ocupava uma dependência do Tesouro Nacional na chamada Casa dos Pássaros. Os primeiros selos produzidos no Brasil receberam a denominação popular de olhos-de-boi. Em 1844, a Casa da Moeda emitiu nova série, que ficou conhecida como olhos-de-cabra, em duas modalidades: os inclinados e os verticais, sendo estes últimos subdivididos em picotados e sem picote. Esses primeiros selos emitidos no Brasil são considerados selos clássicos, tendo um grande valor numismático e sendo transacionados por elevadas somas de dinheiro.