São os pagamentos feitos por um devedor para pagar os juros correspondentes a um empréstimo. No caso brasileiro, o serviço de nossa dívida externa foi elevado a partir da segunda metade dos anos 70, especialmente nos períodos em que as taxas de juros internacionais subiram expressivamente. Para que se tenha uma ideia deste impacto, basta verificar que em 1973 remetemos aos credores no exterior cerca de 500 milhões de dólares e nossa dívida alcançava cerca de 9 bilhões de dólares; dez anos mais tarde em 1982 estes pagamentos haviam alcançado 11 bilhões de dólares por uma dívida externa de cerca de 67 bilhões de dólares. A dívida externa aumentou 7,5 vezes no período e o montante de juros pagos cresceu cerca de 22 vezes, e a taxa de juros subiu de cerca de 5,5% ao ano em 1973 para 16,4% em 1982. O Brasil permaneceu em situação de inadimplência (default) até 1994 quando aderiu ao Plano Brady, reduzindo expressivamente a pressão dos serviços da dívida sobre o balanço de pagamentos. A partir de 2007, com o aumento das reservas internacionais, a redução da dívida externa pública (que se tornou negativa pois era menor do que as reservas) e a redução das taxas de juros internacionais o serviço da dívida diminuiu e hoje não contribui, como ocorria no passado, com déficits na Balança de Serviços Veja também Amortização; Balanço de Pagamentos; Carência; Default; Plano Brady.