Denominação dada a um grupo de jovens professores alemães de economia política por um jornalista liberal em 1872, e citada por Gustav Schmöller em seu discurso de abertura do Congresso de Eisenach no mesmo ano. Esses professores concordavam que existiam graves problemas sociais, mas que não poderiam ser resolvidos de acordo com as receitas da Escola de Manchester (dominante então na imprensa alemã), que recomendavam a mera aplicação do laissez-faire. Ao mesmo tempo, esses jovens economistas rejeitavam as concepções dos social-democratas sobre a possibilidade (ou conveniência) de mudanças revolucionárias violentas. Não aceitavam tampouco a doutrina de Lasalle sobre a “lei de bronze dos salários” ou o conceito de “mais-valia” de Marx. Suas concepções variavam desde uma postura favorável aos sindicatos (de trabalhadores) até a recomendação de intervenção estatal no setor industrial. Mas a maioria dos representantes dessa corrente era moderada em suas expectativas e cautelosa em suas propostas práticas. Os resultados da ação dos socialistas de cátedra se resumiram numa legislação fabril menos desfavorável aos trabalhadores, e na preparação do caminho para a adoção de um sistema de seguridade social compulsório. Após a década de 70 do século XX, quando essas controvérsias teóricas e políticas se desenvolveram, o termo “socialista de cátedra” (na verdade, utilizado pelos que criticavam o grupo de economistas) caiu em desuso. Veja também Escola de Manchester; Lei de Bronze dos Salários; Mais-Valia; Marx; Schmoller, Gustav.