Acordo comercial assinado entre Portugal e Inglaterra, em 1703, e revogado em 1842. Articulado pelo diplomata inglês John Methuen, estabelecia que Portugal passava a importar “para sempre” os produtos têxteis ingleses, com taxas privilegiadas, enquanto a Inglaterra se comprometia a importar vinhos portugueses, taxando-os apenas em dois terços dos tributos de importação pagos pelos vinhos franceses. Além da ampliação descontrolada da cultura de vinhas em Portugal, em detrimento dos demais cultivos, o Tratado de Methuen provocou a ruína da incipiente indústria têxtil naquele país, que passou a não ter condições de concorrer com a produção inglesa. Ao mesmo tempo, acentuou-se um vultoso desequilíbrio na balança comercial portuguesa, compensado pelo ouro proveniente do Brasil (Minas Gerais) que, transferido para a Inglaterra, contribuiria para formar os meios de financiamento da Revolução Industrial. Veja também Tratados de 1810.
O Tratado de Methuen
O tratado de Methuen estipulou, em síntese, a compra do vinho português em troca de tecidos ingleses. Esse acordo bastante simples foi, entretanto, altamente nocivo para Portugal porque, em primeiro lugar, importava-se mais tecido do que exportava vinho, tanto em termos de quantidade como em valor; em segundo, as manufaturas portuguesas foram eliminadas pela concorrência inglesa. Por último, dado o desequilíbrio do comércio com a Inglaterra, a diferença foi paga pelo ouro brasileiro. Desse modo, o Tratado de Methuen abriu um importante canal para a transferência da riqueza produzida no Brasil para a Inglaterra.
Fonte: http://tancredoprofessor.com.br/conteudo/177/o-tratado-de-methuen.-os-tratados-de-1810.-
Tratado de Methuen