Economista sueco, foi um dos precursores da teoria econômica contemporânea ao tentar romper os limites estreitos do marginalismo com um retorno à abordagem macroeconômica em sua teoria do equilíbrio monetário. Sua obra é considerada a melhor síntese e exposição da economia marginalista. Reuniu elementos de autores divergentes, como a análise do equilíbrio geral de Walras com os trabalhos de Böhm-Bawerk, e combinou com facilidade o método expositivo e o matemático de análise. Em seu primeiro livro, Sobre Valor, Capital e Renda (1893), Wicksell elaborou uma teoria do valor e da distribuição, baseado na análise marginal desenvolvida por Jevons, Walras e Menger. Em Pesquisas Teóricas sobre Finanças (1895), desenvolveu teorias e introduziu noções sobre finanças públicas. Sua principal contribuição à teoria econômica surgiu em Juros do Dinheiro e Preços das Mercadorias (1898), que influenciou o desenvolvimento posterior da teoria monetária e da teoria dos ciclos econômicos. Nessa obra, preocupou-se em explicar as flutuações dos preços. Ao rejeitar a teoria clássica, que relacionava os preços apenas à quantidade de moeda em circulação, adotou a tese segundo a qual as variações de preços são determinadas pelas variações na demanda global, que, por sua vez, depende do montante dos rendimentos dos indivíduos. Sustentou que essa demanda varia segundo os investimentos. E que o investimento se desenvolve sempre que as taxas de lucros superam as taxas de juros. Uma baixa na taxa de juros geraria investimentos, que fariam crescer o montante dos rendimentos, provocando um aumento na demanda global e, em consequência, uma alta de preços. Essa alta estimularia novamente os investimentos, e foi isso que Wicksell chamou de processo acumulativo. Uma síntese de sua obra foi publicada em 1901 e 1906 com o título em inglês Lectures on Political Economy (Conferências sobre Economia Política).